terça-feira, 2 de julho de 2013

POR QUE DEVEMOS ACEITAR A CRISTO?





Fui surpreendido essa semana por uma publicação de uma igreja. Chamou-me muito a atenção por citar versículos da Bíblia para acusar pastores protestantes - e a palavra pastores entre aspas - de apresentarem Jesus como “produto de feira”. São duas imagens de pregadores dizendo: “Quem quer aceitar Jesus!?” e “Quem quer Jesus!?”.

O absurdo da acusação é o de que “essa forma apelativa é uma invenção de John Wesley, e é contrária às escrituras”. E citando a “Bíblia Protestante” - a diferença entre a ‘protestante’ e a ‘outra’ são os livros apócrifos desta, pois a tradução é a mesma daquela - cita Romanos 15:7: “portanto, aceitem-se uns aos outros como também Cristo nos aceitou para a glória de Deus”, e que “essa apelação (de apresentar Cristo como “produto de feira”) é uma forma de roubar a glória do Senhor no poder de escolha e transfere esse poder para o público”.

“Roubar” é um verbo forte! Até mesmo porque os santinhos do pau oco são figuras famosas na História do Brasil - Colônia, quando nossas riquezas eram levadas para fora do país e governadores, funcionários e clérigos, revoltados com a cobrança do “Quinto” – sobre todos os metais preciosos garimpados no país –, burlavam a fiscalização da Coroa utilizando santos ocos de madeira nos quais contrabandeavam pedras preciosas e ouro rumo à Europa. Na linguagem de Cristo aos religiosos isto seria atitude de “sepulcros caiados”; santidade exteriorizada e podridão internalizada. Fato histórico conhecido.

Ao final da acusação é citado João 15:16: “Não escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós”. Perfeito! Tanto é que um pouco antes, em João 3:16 as Bíblias - tanto a ‘protestante’ quanto a ‘outra’, já que o evangelho de João não é apócrifo -, declaram: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Partiu sim, de Deus, nos amar primeiro e dar seu único filho, Jesus Cristo, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna com Deus.

Mas por que Deus teve de amar primeiro e dar seu filho Jesus? No capítulo 3 do livro de Romanos, versos 23 e 24 o apóstolo Paulo avisa: “Todos pecaram e estão separados da glória de Deus. Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.” A redenção está apenas em Cristo! E é de graça!

Mas por que Paulo faz essa afirmação? Porque homem foi afastado de Deus pelo pecado de Adão, como vemos em Romanos 5: 12: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.” No mesmo capítulo 5, versos 18 e 19, Paulo dá a boa notícia: “Portanto, assim como por uma só ofensa (desobediência de Adão) veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça (morte e ressurreição de Cristo em obediência ao Pai) veio a graça sobre todos os homens para justificação e vida. Porque, assim como pela desobediência de um só homem muitos foram constituídos pecadores, assim também pela obediência de um muitos serão constituídos justos.” O presente de Deus, Jesus Cristo, de João 3:16 se manifestou para justificação e vida. Todos pecaram! Todos estão separados de Deus até que se reconciliem com Ele por meio de Jesus Cristo! Perceba que Paulo diz que “muitos serão constituídos justos”, ou seja, nem todos vão aceitar Cristo como Senhor e Salvador.

A Bíblia nos mostra o homem tentando, por meio da religião, voltar-se a Deus por seus esforços e tentativas, regras, dogmas, tradições, crendices, amuletos, consulta a espíritos, indulgências, adivinhações, rezas, oferendas etc., mas nunca conseguia. Religião, segundo o Etymology Dictionary, da palavra anglo-francesa religiun, do latim religionem, é o “respeito pelo que é sagrado, reverência pelos deuses”, e de acordo com Cícero vem da palavra relegere, “re = outra vez, legere = ler”, e que também se conecta a religare, “a noção de laço entre humanos e deuses”. Religião não salva ninguém; Cristo é o redentor da humanidade. Jesus Cristo é práxis, estilo de vida; não religião humana.

Para se religar ao homem pecador Deus escolhe o povo de Israel para levar sua palavra e salvação ao mundo. Enquanto no Antigo Testamento Deus envia profetas, líderes, reis, a fim de curar, cuidar e até castigar seu povo, vemos que no Novo Testamento Deus já não envia representantes, mas vem em pessoa! Por meio de Jesus Cristo! Jesus é a nossa única ligação com o Pai, como escrito em João 14:6: “Disse Jesus: eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.”

Mas em João 1: 11 a Bíblia declara: “(Jesus) veio para o que era seu, e os seus não o receberam.” E aqui vemos mais uma vez o amor de Deus pelo ser humano porque no verso 12 descobrimos que: “mas, a todos quantos o receberam (Jesus), aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.” É necessário receber a Cristo para se tornar filho de Deus; até então somos criaturas caídas e separadas de Deus pelo pecado de Adão.

Retornando ao capítulo 3 de João, agora nos versos 17 e 18, as duas Bíblias declaram: “Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” O texto é claro! “Quem nele crê”. E a palavra “crê”, no original grego, é a ideia de “se entregar aos cuidados”, “pôr a confiança em Cristo”, “ter fé na pessoa de Cristo” e é a respeito dessa fé que o apóstolo Paulo declara em Efésios 2: 8: “pela graça sois salvos, por meio da fé”, e em Romanos 10: 9 e 10: “Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo; pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.”

Paulo fala a respeito do filho que Deus nos enviou por nos ter amado primeiro. Mas assim como houve o primeiro passo dado por Deus em nossa direção, deve haver o nosso passo em direção a Deus. Constrangidos pelo amor de Deus e convencidos pelo Espírito Santo aceitamos a Cristo como nosso Senhor e Salvador, pois se não crermos já estamos condenados. Temos o livre arbítrio; a decisão também é nossa!

Aceitar a Cristo, como explica Paulo, faz parte do nosso passo em direção ao presente de Deus para nós: cremos, temos fé em Jesus e, por isso, pela graça somos salvos por meio da fé e da confissão. Não precisamos fazer mais nada. Apenas aceitar Jesus. Deus já fez tudo ao nos dar, por amor, seu filho Jesus, de graça, sem pagamento, sem penitência, sem sacrifício, apenas cremos, por meio da fé, confessamos e somos salvos. Aleluia!

Perguntar a alguém se ele aceita Cristo não é fazer de Jesus um “produto de feira”, mas sim, explicar a quem você leva a boa notícia (evangelho) da salvação que há em Cristo, quem é o Jesus salvador da Bíblia, o que ele já fez por essa pessoa e, depois disso, perguntar se ela aceita ou não. Muitos não aceitam e já estão condenados, mas muitos já o aceitaram, foi lhes dado o poder de serem feitos filhos de Deus e já têm vida eterna com Deus. “Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (João 3:36).

E você, aceita Jesus como seu Senhor e Salvador?

André Arruda Plácido é professor graduado em Relações Públicas, Jornalismo, Teologia e especialista em Comunicação e Liderança em Missões Mundiais pelo Haggai Institute de Cingapura. apjornalista@gmail.co - andrearrudaplacido.blogspot.com.br  -  fotologue.jp/andrearrudaplacido

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Um tal de 'Silas' esteve aqui no blog me atacando depois de ler um texto em que Paulo Francis destrói Lula. Imagine a ideologia do 'Silas', que preferiu se esconder. Enquanto coloco aqui meu nome e sobrenome, ele se esconde... Mas não vou odiar o 'Silas' como ele demonstrou me odiar... Minha opção não é o ódio, mas as ideias, a discussão civilizada, a realidade... O simples fato de não concordar com o 'Silas' não quer dizer que o odeio. Desculpe 'Silas', mas minha educação e práxis cristãs não me permitem cometer tamanha insanidade. Fique com Deus...

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Os bons companheiros

Demétrio Magnoli
 
De "caçador de marajás" Fernando Collor transfigurou-se em caçador de jornalistas. Na CPI do Cachoeira seu alvo é Policarpo Jr., da revista Veja, a quem acusa de se associar ao contraventor "para obter informações e lhe prestar favores de toda ordem". Collor calunia, covardemente protegido pela cápsula da imunidade parlamentar. Os áudios das investigações policiais circulam entre políticos e jornalistas - e quase tudo se encontra na internet. Eles atestam que o jornalista não intercambiou favores com Cachoeira. A relação entre os dois era, exclusivamente, de jornalista e fonte - algo, aliás, registrado pelo delegado que conduziu as investigações.

Jornalistas obtêm informações de inúmeras fontes, inclusive de criminosos. Seu dever é publicar as notícias verdadeiras de interesse público. Criminosos passam informações - verdadeiras ou falsas - com a finalidade de atingir inimigos, que muitas vezes também são bandidos. O jornalismo não tem o direito de oferecer nada às fontes, exceto o sigilo, assegurado pela lei. Mas não tem, também, o direito de sonegar ao público notícias relevantes, mesmo que sua divulgação seja do interesse circunstancial de uma facção criminosa.
Os áudios em circulação comprovam que Policarpo Jr. seguiu rigorosamente os critérios da ética jornalística. Informações vazadas por fontes diversas, até mesmo pela quadrilha de Cachoeira, expuseram escândalos reais de corrupção na esfera federal. Dilma Rousseff demitiu ministros com base nessas notícias, atendendo ao interesse público. A revista em que trabalha o jornalista foi a primeira a publicar as notícias sobre a associação criminosa entre Demóstenes Torres e a quadrilha de Cachoeira - uma prova suplementar de que não havia conluio com a fonte. Quando Collor calunia Policarpo Jr., age sob o impulso da mola da vingança: duas décadas depois da renúncia desonrosa, pretende ferir a imprensa que revelou à sociedade a podridão de seu governo.

A vingança, porém, não é tudo. O senador almeja concluir sua reinvenção política inscrevendo-se no sistema de poder do lulopetismo. Na CPI opera como porta-voz de José Dirceu, cujo blog difunde a calúnia contra o jornalista. Às vésperas do julgamento do caso do mensalão, o réu principal, definido pelo procurador-geral da República como "chefe da quadrilha", engaja-se na tentativa de desqualificar a imprensa - e, com ela, as informações que o incriminam.

O mensalão, porém, não é tudo. A sujeição da imprensa ao poder político entrou no radar de Lula justamente após a crise que abalou seu primeiro mandato. Franklin Martins foi alçado à chefia do Ministério das Comunicações para articular a criação de uma imprensa chapa-branca e, paralelamente, erguer o edifício do "controle social da mídia". A sucessão, contudo, representou uma descontinuidade parcial, que se traduziu pelo afastamento de Martins e pela renúncia ao ensaio de cerceamento da imprensa. Dirceu não admitiu a derrota, persistindo numa campanha que encontra eco em correntes do PT e mobiliza jornalistas financiados por empresas estatais. Policarpo Jr. ocupa, no momento, o lugar de alvo casual da artilharia dirigida contra a liberdade de informar.

No jogo da calúnia, um papel instrumental é desempenhado pela revista Carta Capital. A publicação noticiou falsamente que Policarpo Jr. teria feito "200 ligações" telefônicas para Cachoeira. Em princípio, nada haveria de errado nisso, pois a ética nas relações de jornalistas com fontes não pode ser medida pela quantidade de contatos. Entretanto, por si mesmo, o número cumpria a função de arar o terreno da suspeita, preparando a etapa do plantio da acusação, a ser realizado pela palavra sem freios de Collor. Os áudios, entretanto, evidenciaram a magnitude da mentira: o jornalista trocou duas - não 200 - ligações com sua fonte.

A revista não se circunscreveu à mentira factual. Um editorial, assinado por Mino Carta, classificou a suposta "parceria Cachoeira-Policarpo Jr." como "bandidagem em comum". Editoriais de Mino Carta formam um capítulo sombrio do jornalismo brasileiro. Nos anos seguintes ao AI-5, o atual diretor de redação da Carta Capital ocupava o cargo de editor de Veja, a publicação em que hoje trabalha o alvo de suas falsas denúncias. Os editoriais com a sua assinatura eram peças de louvação da ditadura militar e da guerra suja conduzida nos calabouços. Um deles, de 4 de fevereiro de 1970, consagrava-se ao elogio da "eficiência" da Operação Bandeirante (Oban), braço paramilitar do aparelho de inteligência e tortura do regime, cuja atuação "tranquilizava o povo". O material documental está disponível no blog do jornalista Fábio Pannunzio (http://www.pannunzio.com.br/), sob a rubrica Quem foi quem na ditadura.

Na Veja de então, sob a orientação de Carta, trabalhava o editor de Economia Paulo Henrique Amorim. A cooperação entre os cortesãos do regime militar renovou-se, décadas depois, pela adesão de ambos ao lulismo. Hoje Amorim faz de seu blog uma caixa de ressonância da calúnia de Carta dirigida a Policarpo Jr. O fato teria apenas relevância jurídica se o blog não fosse financiado por empresas estatais: nos últimos três anos, tais fontes públicas transferiram bem mais de R$ 1 milhão para a página eletrônica, distribuídos entre a Caixa Econômica Federal (R$ 833 mil), o Banco do Brasil (R$ 147 mil), os Correios (R$ 120 mil) e a Petrobrás (que, violando a Lei da Transparência, se recusa a prestar a informação).

Dilma não deu curso à estratégia de ataque à liberdade de imprensa organizada no segundo mandato de Lula. Mas, como se evidencia pelo patrocínio estatal da calúnia contra Policarpo Jr., a presidente não controla as rédeas de seu governo - ao menos no que concerne aos interesses vitais de Dirceu. A trama dos bons companheiros revela a existência de um governo paralelo, que ninguém elegeu.

* SOCIÓLOGO,  É DOUTOR EM GEOGRAFIA HUMANA PELA USP. E-MAIL: DEMETRIO.MAGNOLI@UOL.COM.BR

quarta-feira, 11 de abril de 2012

OH, HAPPY DAY?

"AH, TÁ DE SACANAGEM QUE VOCÊ ACHOU QUE ELES ESTÃO FELIZES ASSIM POR CAUSA DESSA MARGARINA AÍ, NÉ?" DIZ A LOCUÇÃO DO COMERCIAL DA FIAT. SE NÃO BASTASSE A MARGARINA, AGORA A FIAT É QUE ESTÁ DE SACANAGEM COLOCANDO UM HINO GOSPEL DO SÉCULO 18 COM BASE EM ATOS 8:35 (E REGRAVADA EM 1967) NO COMERCIAL. ENQUANTO A MÚSICA DIZ: "OH DIA FELIZ, QUANDO JESUS LAVOU, QUANDO JESUS LAVOU, QUANDO JESUS LAVOU MEUS PECADOS" O COMERCIAL MOSTRA CÂMBIO, VOLANTE E PAINEL DO CARRO DA MONTADORA ITALIANA! ISSO É QUE É CHAMAR O PÚBLICO DE IMBECIL! ISSO SIM, É SACANAGEM...
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segunda-feira, 5 de março de 2012

QUAL É O SEU FRUTO?


"Pois no passado éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Assim, andai como filhos da luz (pois o fruto da luz está em toda bondade, justiça e verdade),” (Ef 5.8-9). O apóstolo Paulo escreveu da prisão algumas de suas epístolas, inclusive aos Efésios, que possui algumas particularidades que a caracterizam como uma carta circular, talvez provida de várias cópias que chegaram a diversas comunidades cristãs. Esta epístola traz duas seções bem definidas, a primeira de caráter doutrinário (1.3-3.21), e a segunda com exortações éticas (4.1-6.20).

O comportamento de uma pessoa diz muito sobre quem ela é e Jesus já havia ensinado que conheceríamos uma árvore por seus frutos (Mt 7.16-20). Acima, Paulo diz que o fruto dos filhos da luz, que já não são mais trevas, está em toda bondade, justiça e verdade. Não quero jogar areia no ventilador, mas conheço “crentes”, que não são poucos, que não demonstram o devido cuidado com a sua vida espiritual, consequentemente produzindo frutos questionáveis. O nosso comportamento é resultado da qualidade da nossa relação com Deus e só podemos amar o nosso próximo se primeiro amarmos a Deus sobre todas as coisas (Jo 14.21).

Não podemos iniciar uma jornada se antes não deflagrarmos em nós a vontade para empreendê-la. Não caminhamos com Cristo por obrigação, mas por livre e espontânea vontade e nesta caminhada Jesus ajusta as nossas passadas e direciona o objetivo dela conforme nos entregamos a Ele. O apóstolo Paulo nos deixou o imperativo “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1Co 11.1), e este versículo denuncia em seu contexto a desigualdade e o desrespeito presentes no seio da Igreja em Corinto, o que é reprovável. Algo positivo só poderá ser evidenciado se houver uma transformação essencial.

Uma árvore só produzirá frutos que correspondam àquilo que ela é: “Quem não está comigo, está contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha” (Mt 12.30). Quando presto atenção no comportamento de alguns “crentes” me pergunto se eles realmente são crentes de verdade, ou se estão negligenciando a sua relação com Cristo. Jesus nos deixou alertas quanto à presença do joio no meio do povo de Deus (Mt 13.24-30), porém, nos entristece quando um crente perde a alegria da salvação e passa a viver como os ímpios, não cuidando do seu relacionamento com o Salvador, afinal a salvação não é um fato perdido no tempo, ela também se desenvolve no tempo. É necessário voltar ao local da queda e retomar a carreira proposta, pois para cada um daqueles que se encontram com Cristo há um novo e vivo caminho. O Evangelho se renova dia a dia, o que torna a vida cristã dinâmica, interessante, edificante e responsável.

O cuidado no relacionamento com Deus vale para o crente na sua particularidade, para o seu crescimento espiritual, cujo comportamento vai impactar positivamente os seus irmãos e os incrédulos também, pois somos embaixadores de Cristo na terra e temos de honrar o seu santo nome no meio de uma geração corrompida e as nossas atitudes corretas falam bem alto.

Pr. Flávio Bini Bortoloti – flaviobinib@gmail.com
Lutando contra si mesmo, sob o poder do Espírito Santo, para a produção de frutos dignos de Cristo

DOMINE OS SEUS SENTIMENTOS

“Tempos depois, Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. Abel também trouxe da gordura das primeiras crias de suas ovelhas. E o SENHOR acolheu bem Abel e sua oferta, mas não acolheu Caim e sua oferta. Por isso, Caim ficou furioso, e ficou com o semblante abatido. Então o SENHOR perguntou a Caim: Por que te iraste? E por que estás com semblante abatido? Se procederes bem, não se restabelecerá o teu semblante? Mas, se não procederes bem, o pecado jaz à porta, e o desejo dele será contra ti; mas tu deves dominá-lo” (Gênesis 4.3-7).

Eis o prenúncio do primeiro assassinato da história, para o qual apresento a minha tese da sua motivação: o atentado de Caim contra Abel foi a concretização do seu ódio contra Deus, manifestado na atitude do mais forte que subjuga o mais fraco. É fato que a criatura nada pode contra o seu Criador, então Caim volta-se contra o irmão num ataque indireto a Deus. Alguns pais fazem isso contra os filhos, chefes fazem contra seus subordinados e pessoas com problemas na sexualidade fazem também. Enfim, Caim continua aflorando em pleno século XXI. Desde o início do relato percebe-se em Caim um distanciamento de Deus, resultado da sua indiferença ao Criador. Ele simulava um ato adorador, porque o seu coração não estava com Deus. Por sua vez, Abel tinha um apego sincero ao Senhor, evidenciado na maneira como O adorava.

As motivações diferentes levaram às atitudes também diferentes e Deus as identificou. Sob a aprovação de Abel, Caim vê o aumentar a sua indiferença a Deus acrescida de ódio, que o levou ao fratricídio. Mas, Deus se antecipou à tragédia e lhe deu a oportunidade de mudar: “Se procederes bem, não se restabelecerá o teu semblante?” Deus avança um pouco mais e lhe apresenta a assertiva “mas tu deves dominá-lo”. Caim não dominaria aqueles sentimentos horríveis sozinho, Deus estaria com ele na luta. Isso me leva a pensar que Deus faz o mesmo conosco, sinalizando a necessidade de mudarmos as nossas motivações. Não são apenas as idéias que nos movem, somos um caldeirão emocional, sob o qual sucumbimos tantas vezes por perdermos o bom senso, ou por alimentarmos os piores sentimentos dentro de nós.

O autor de Hebreus mostra a que ponto estes sentimentos negativos podem nos levar: “Que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe e muitos sejam contaminados por meio dela” (Hebreus 12.15b). A expressão raiz de amargura sintetiza a presença dos piores sentimentos que podem se fixar dentro de nós, sugando o nosso melhor até a morte total, como uma parasita faz com o seu hospedeiro.

Tarefa para casa. Utilizando uma folha de papel, aliste os tipos de sentimentos ruins mais freqüentes em você; identifique em quais momentos e sob quais circunstâncias eles se manifestam; anote se eles se concretizam e quais são suas consequências. Agora, reflita sobre o estado emocional em que você se encontra e ore para Deus lhe ajudar a dominar os seus sentimentos.

Flávio Bini Bortoloti – flaviobinib@gmail.com
Mais um aprendiz na arte de dominar os ânimos

sábado, 4 de fevereiro de 2012

GRAVAÇÃO DA NEGATIVA DA DITADURA CUBANA DIANTE DO PEDIDO DE PERMISSÃO PARA A VIAJEM DE YOANI SÁNCHEZ AO BRASIL

http://www.youtube.com/watch?v=Kjpfxu161OA&feature=youtu.be&a

DITADURA CUBANA

Blogueira divulga áudio em que governo cubano lhe nega permissão de saída

Folha

A blogueira cubana Yoani Sánchez, crítica do regime comunista da ilha, divulgou no início da madrugada deste sábado (horário de Brasília) em sua conta do Twitter a gravação da conversa que teve com a funcionária do governo cubano, na qual foi negada pela 19ª vez permissão para ela deixar o país.



Na gravação, feita na sexta-feira (3), Yoani estava no escritório de imigração de Cuba. Ao chegar, a funcionária que a atende pergunta se ela está acompanhada. Yoani diz que sim. A funcionária pede então à blogueira que entregue todos os seus pertences (incluindo bolsa e celular) ao acompanhante (no caso, o marido dela) e a siga. Yoani questiona, e a funcionária diz que os procedimentos são necessários para que a blogueira seja entrevistada. 

Após entregar os objetos ao marido, ela atravessou com a militar um corredor do escritório de imigração. A mulher que a recebe para a entrevista a comunica que ela não foi autorizada a viajar. "Estou te entregando seu passaporte e o seu formulário para você pedir o ressarcimento do seu dinheiro", diz. 

Yoani interrompe a mulher perguntando "Outra vez?". A mulher continua falando. Yoani a interrompe de novo: "Dezenove vezes?". A mulher, então, responde "Dezenove vezes". 

A blogueira retruca que continuará tentando, e ouve da funcionária "Tente quantas vezes você quiser". 

Yoani então diz "Um dia eu vou voltar a sair, quando esse absurdo não existir mais". A funcionária responde "Correto. Quantas vezes você quiser, Yoani". 

"Todas as vezes. Alguma vez vão ter que me deixar sair", diz Yoani. A funcionária encerra a conversa com um "Boa tarde". 

Durante a tarde de sexta-feira, Yoani havia divulgado, também por meio do Twitter, que o governo cubano havia lhe negado permissão de viagem. "Não há surpresas. Voltaram a me negar a permissão de saída. É a ocasião de número 19 em que me violam o direito de entrar e sair do meu país", disse. 

A blogueira opositora cobrou respeito à Declaração Universal dos Direitos Humanos e postou ainda uma fotografia da negativa recebida do governo cubano. 

Sánchez, crítica do regime dos Castro, recebeu na semana passada da embaixada brasileira em Havana o visto de turista para visitar o Brasil para participar do lançamento de um documentário, no dia 10.